G.D. NAZARENOS 0 - 4 A.D. PORTOMOSENSE # ficha do jogo
ESTÁDIO MUNICIPAL DA NAZARÉ
Árbitro: Márcio Ferreira
Nazaré: João Carlos, Bruno Vidinha, Rui Hilário, Nuno Robalo, Luis Mendes, Álvaro (8' Pedro Morais), Hugo Pereira (45' Cristiano), Fabinho, Tiago Domingos, Rui Codinha, Ricardo Mafra (82' Cláudio Mafra)
Cartões Amarelos: Nuno Robalo (26' e 69'), Pedro Morais (75')
Cartões Vermelhos: Nuno Robalo (69')
Portomosense: Sérgio, Gigas, Pedro Órfão, Morgado, Paulo, René, Miranda, Bruno Francisco (57' Joel), Jackson, Elton, (74' Hugo Almeida), Ferraz (62' Juliano)
Cartões Amarelos: Jackson (12'), Elton (31')
Marcadores ADP: Elton (5'), Joel (70'), Jackson (78'), Miranda (80')
Resultado ao intervalo: 0-1 ******* Resultado final: 0-4
No passado domingo, a equipa de Porto de Mós deslocou-se ao Estádio Municipal da Nazaré para um "tira-teimas" com o seu adversário mais directo na classificação da divisão de honra da AFLeiria. Esperava-se um jogo renhido e emocionante. O golo da formação Portomosense surgiu cedo - aos 5 minutos - através de Elton e até ao intervalo o resultado poderia ser outro não fosse as intervenções do guarda-redes João Carlos ou a escassa pontaria nesta 1ª parte. No minuto 17' surge um livre frontal a favor da turma nazarena, mas a bola saiu directamente contra a barreira.
Aos 28' Bruno Francisco (neste jogo alinhou a extremo) centra para Jackson que estava bem posicionado na área, mas o nº17 rematou à figura. A equipa da casa quis mostrar o porquê de também estar em 1º lugar e tentou criar algum perigo para a baliza de Sérgio tirando partido dos lances de bola parada, mas a finalização foi sempre àquem do necessário. A melhor oportunidade para a equipa de Zé Carlos virar o marcador surgiu ao minuto 39, num lance contestado pelo Portomosense: Gigas ficou estendido no chão queixando-se de uma cotovelada. Rui Codinha ao ver que o árbitro nada assinalou, seguiu com a bola para a área e cruzou para Tiago Domingos mas este desperdiçou cabeceando para fora. Até ao intervalo o resultado manteve-se, adivinhando-se uma 2ª parte bem disputada.
Para o segundo tempo, Zé Carlos alterou o esquema táctico da equipa para um 4x4x2 mas pouco eficaz já que esta mudança não trouxe a lufada de ar fresco que a turma Nazarena necessitava. As jogadas de ataque por parte do Portomosense começaram a "chover" e o cruzamento de Miranda aos 67' para Jackson faz parte dessa estatística, mas o Cabo-Verdiano estava a ter uma tarde infeliz e rematou de novo para as mãos de João Carlos. Dois minutos depois na sequência de uma falta feia sobre o adversário, Nuno Robalo acabou por ver o segundo amarelo e ser expulso da partida ficando a sua equipa ainda mais vulnerável. Com um meio campo "fresquinho" e boas movimentações tácticas, o segundo golo da partida não tardou e ao minuto 70', Joel aumentou a vantagem para 2-0. As poucas jogadas de ataque que surgiram dos pés dos Nazarenos foram "fuziladas" pela defesa Portomosense onde constavam os experientes Pedro Órfão e Morgado. A equipa da casa quase "não respirava", tal era o ritmo de jogo implementado pelo seu adversário. Ritmo esse que acabou por dar frutos: aos 78' Jackson, numa jogada individual pelo lado direito, dribla a defesa e chuta o esférico para o fundo das redes fazendo o 3-0. Por esta altura, já alguns adeptos abandonavam o estádio desanimados com a forma como a sua equipa perdia na sua própria casa. O quarto e último golo surgiu ao minuto 80: Joel recebeu do lado esquerdo, fintou o defesa e colocou em Miranda que, driblando o guarda-redes, fechou as contas em 4-0.
A formação nazarena comandada por Zé Carlos ficou áquem das espectativas e mostrou-se sem argumentos. Neste jogo em particular, o meio campo não funcionou como um todo e a defesa, algo lenta, sentiu dificuldades em parar as trocas ofensivas do seu adversário.
A equipa de Porto de Mós venceu e convenceu. Apresentou um futebol fluído consolidado por uma defesa experiente e um meio campo criativo que deram bastantes dores de cabeça ao seu adversário.
Relativamente a Márcio Ferreira à a salientar que em vários momentos do jogo se mostrou demasiado "piquinhas" cortando vários lances de ataque em detrimento da aplicação da lei da vantagem. Foi notório que o juiz da partida quis ter mão nos jogadores mas acabou por fazê-lo da pior forma possível, prejudicando um pouco o espectáculo.
por Marisa Góis